Archive for março 2014
Muito bem, tenho um comunicado importante a fazer. (Som de
tambores.) Agora temos uma nova tag no blog! É a tag Filmes. Nestas postagens
vou fazer uma crítica – nem sempre agradável – expondo a minha opinião acerca
de um filme que assisti recentemente. E para inaugurar esta nova tag eu escolhi
um filme que me cativou desde o primeiro minuto: Os Croods.
Uma família das cavernas comum... |
Neste filme somos levados de volta à pré-história vulgo
idade das cavernas onde acompanhamos a “vida” de humanos naquela época da
história. Coloquei vida entre aspas porque viver não era exatamente o que
faziam, aliás tem uma passagem no filme em que a personagem principal Eep fala
exatamente isso quando se refere a vida que tinham se escondendo em cavernas.
Olha só:
Aquilo não era viver, era apenas... não morrer.
Rebelde, curiosa e aventureira! |
E ela estava certa. Não haviam aventuras, coisas novas nem
nada do gênero. Aliás, coisas novas eram terminantemente proibidas pela pai
superprotetor que fazia todos seguirem regras rígidas para que a família
sobrevivesse. O que fazia algum sentido considerando que todas as outras
famílias que moravam perto deles haviam morrido )esmagadas, gripadas, engolidas
por uma cobra gigante). A família parecia se contentar vivendo assim, exceto
por uma integrante: Eep, a adolescente rebelde.
[Vai parecer spoiler. Mas não é, ok?] Certo dia contrariando
ordens do pai, ela acaba escapando para fora da caverna durante a noite e é
nesta noite que ela conhece um jovem que mudaria a vida de todos eles de um
jeito que os faria mudar o rumo da história da humanidade. Guy, é o garoto
moderno, trás para eles coisas que no nosso dia-a-dia parecem corriqueiras,
desde o primeiro contato com o fogo até o primeiro contato com sapatos. É Guy
quem introduz a família Croods ao mundo aberto. Aqui uma frase dele, quando Os
Croods mostram-se temerosos diante do futuro:
“Nunca tenha medo.”
E está é uma frase bem impactante considerando que o lema d’Os
Croods era justamente o contrário, para eles ter medo significava sobreviver.
Agora, deixando um pouco a história do filme em si e falando
sobre ele. Só posso dar os parabéns a equipe de produção. Desde de imagem,
desenvolvimento dos personagens até a sonoplastia que fez um trabalho
excelente. Um ponto que eu PRECISO destacar é o detalhe que tem cada personagem
e o mundo a sua volta. Cada fio de cabelo, cada folha, cada gota parece ter
vida própria e movimento único. Os mínimos detalhes foram pensados com clareza
e muito bem executados. Há machucados no rosto do patriarca da família, fios de
cabelo soltos e dentes tortos. Isso foi um grande diferencial do filme. Por
serem homens da caverna, eles não poderiam ser exatamente bonitos e mesmo em
sua feiura, os criadores conseguiram fazer algo belo. Os personagens são
cativantes e de personalidade forte, algo que torna a intimidade de quem
assiste o filme com os protagonistas, muito maior.
Volto a citar a
sonoplastia, que conseguiu criar momentos épicas e angustiantes através das
músicas. Há uma cena (a cena do gif aqui embaixo) que retrata bem um desses
momentos. O mundo bem detalhado e os personagens maravilhados com ele, enquanto
ao fundo tem uma música de cena épica que dá a tudo um ar maravilhoso.
Adicione uma trilha sonora imbatível ao fundo e tcharam! |
Seja como for, Os Croods é uma animação que mesmo não tendo
levado o oscar, mostrava-se merecedora. O humor, os detalhes, o som e
principalmente a história, mostram que esse filme é muito mais que um “desenho
animado” é um filme que faz você ansiar por mais a cada minuto.
★ ★ ★ ★★
PERFEITO
Os Croods
Jogador Número 1 - Ernest Cline |
Jogador número 1 - Ernest Cline [Sinopse]
Cinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade.
Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna.
Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência.
A vida, os perigos, e o amor agora estão mais reais do que nunca.
Jogador número um é um livro que vou ter certeza que sempre terei comigo pro resto da vida. Desde o lançamento há algum tempo atrás eu tive vontade de ler na hora, principalmente por se tratar de um mundo de jogos digitais e isso é algo que me atrai de forma imensa. Porém, contudo, entretanto, na época eu estava cheio de outros afazeres (e uma lista enorme de livros) e acabei deixando para a próxima.
Eis que algumas pessoas do meu círculo de amizades começaram
a ler o livro, e diziam ser bom. Como eu queria lê-lo de qualquer forma, achei
que esse fosse o momento certo. E de fato era. Me arrependo de não ter lido ele
antes, porque é um livro maravilhoso que todas as pessoas deveriam ler. Há
referências constante a cultura dos anos 80, e é basicamente nisso que gira a
história. MAS RELAXE! Você não precisa ser um grande conhecer da década de 80.
Eu mesmo sabia pouca coisa – pra não falar que sabia nada – e mesmo assim
consegui aproveitar muito bem a maravilhosa história por trás de jogador número
um.
Há um romance, que não é o foco, há cenas de ação de tirar o
fôlego, referências ótimas e uma originalidade que está cada vez mais escassa
no mercado. Eu particularmente, nunca li nada como Jogador Número 1, e
pessoalmente, espero que muitas outras pessoas leiam este livro.
Aliás este é outro ponto interessante a se falar. A Warner
já comprou os direitos do livro para o lançamento de um filme. E é aí que eu
tenho um pouco de medo. É um filme. E é um livro grande. Teremos filmes
divididos, ou teremos um filme enorme ou teremos uma grande decepção. Porque o
livro é médio para grande (464 páginas) e não acho que em um único filme de uma
hora e meia ou duas horas, seria suficiente pra abranger toda a vastidão do livro
que às vezes muda o ritmo de forma que se torna quase irreconhecível, porém não
menos interessante.
Se você gosta dos anos 80: leia Jogador Número 1. Se você
gosta de jogos online: leia Jogador Número 1. Se você gosta de livros
maravilhosos: Por favor, vá correndo ler Jogador Número 1!
★ ★ ★ ★★
PERFEITO
Quotes:
“Eu parecia o Homem de Plástico depois de consumir LSD”
“Ninguém no mundo consegue o que quer e isso é bonito”
“Afinal, para quê pensar por contra própria se outra pessoa pode pensar por você?”
“Você sabe que acabou com a sua vida quando o mundo todo se fecha e a única pessoa com quem você pode conversar é o seu software de agente de sistema."